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Parte IV (1953-1970)

A renovação do plantel e uma nova tatica

Depois da era do Expresso da Vitoria, o Vasco tratou de formar mais um time vencedor, uma mescla de jogadores contratados, como Paulinho de Almeida, Bellini, Valter Marciano, Pinga e o paraguaio Parodi, e outro feitos em casa ou trazidos das divisoes de base de outros clubes, como Orlando, Coronel, Sabara' e Vava'. Em 1955, do mitico Expresso da Vitoria so' permaneciam no elenco Maneca, Dejair e o grande artilheiro Ademir. Ademir se despediria do futebol no ano seguinte, apos a volta do Vasco de uma excursao `a Europa.

Flavio Costa voltou `a direcao da equipe em 1953 com a missao de comandar a transicao e levar o time a novas conquistas. Porem, com campanhas de altos e baixos nos campeonatos cariocas, as conquistas almejadas nao vieram. No campeonato carioca de 1955, que se alongou pelos primeiros meses de 1956, o Vasco liderou por varias rodadas e terminou por conquistar o maior numero de pontos. Todavia, a formula da competicao era a de tres turnos separados e o Vasco nao conseguiu vencer nenhum deles. Apos uma derrota para o Fluminense, que alijou o clube da disputa do terceiro turno, Flavio Costa foi demitido. Logo apos o termino do campeonato, foi contratado o estrategista Martim Francisco, que por um triz nao levara o America ao titulo. Anos antes, com o Vila Nova, em Minas Gerais, Martim havia dado forma definitiva ao sistema 4-2-4. O tecnico iria utilizar esse sistema de forma mortifera no Vasco.

Com o time renovado, o Vasco voltou a conquistar um titulo carioca em 1956. O sabor especial ficou por conta de, numa repeticao do que ocorrera em 1945, ter impedido o tetra do Flamengo, o favorito ao titulo antes do inicio da competicao. A conquista vascaina veio por antecipacao na penultima rodada, devido a uma combinacao de resultados: A vitoria de virada sobre a perigosa equipe do Bangu por 2 a 1, com dois gols de Vava', e a derrota do Flamengo para o Botafogo no dia seguinte.

Titulos internacionais do Vasco nos anos 50 .

Na decada de 50, o Vasco foi um dos clube brasileiros mais convidados a disputar torneios no exterior. Entre os torneios internacionais conquistados, encontram-se o torneio internacional do Chile em 1953, dois torneios internacionais no Rio naquele mesmo ano, e culminando em 1957 com as conquistas dos Torneios de Lima e Santiago, na America do Sul, e do Torneio de Paris e da Taca Teresa Herrera, durante uma arrasadora excursao a Europa.

Nessa excursao, alem de vencer o todo-poderoso Real Madrid de Di Stefano e outros craques, bicampeao europeu na epoca, por 4 a 3, na final do Torneio de Paris, o Vasco obteve goleadas empolgantes sobre o Atletico Madrid por 4x2, que lhe valeu a Taca Teresa Herrera, sobre o Barcelona por 7 a 2 e sobre o Benfica por 5 a 2. O tecnico Martim Francisco pegou as equipes estrangeiras totalmente desprevenidas com a sua tatica, que utilizava a descida dos homens de meio-campo para as conclusoes como fator surpresa. Os apoiadores Laerte e Valter Marciano acabaram entre os principais artilheiros da excursao. Valter, inclusive, foi imediatamente contratado por um clube espanhol, mas poucos anos depois faleceu tragicamente num acidente automobilistico.

1958, um ano de grandes conquistas .

Em 1958, o Vasco forneceu tres jogadores a selecao campea mundial, Bellini, Orlando e Vava'. Naquele ano glorioso, o Vasco conquistou pela primeira vez o Torneio Rio-Sao Paulo, que esteve por conquistar varias vezes na decada de 50, mas que ao final frequentemente terminava em segundo lugar, e venceu o campeonato carioca de forma particularmente emocionante. Faltando duas rodadas, o Vasco levava quatro pontos de vantagem sobre Flamengo e Botafogo, mas perdeu as duas ultimas partidas exatamente para estes adversarios. Foi entao necessario um supercampeonato entre os tres, que tambem terminou empatado, sendo entao disputado um super-supercampeonato, finalmente vencido pelo Vasco, ja' depois de iniciado o ano de 1959.

O Vasco contava com a melhor defesa do pais e que todo mundo sabia de cor: Paulinho, Bellini, Orlando e Coronel. A defender o arco, estava de volta o veterano Barbosa, considerado por muitos o melhor goleiro da historia do clube. Mais uma vez o Vasco tinha um grande numero de atacantes de categoria no seu plantel e se deu ao luxo de vender o campeao mundial Vava' para o Atletico Madrid, ainda no inicio do campeonato. Mas ficavam Almir, Delem, Wilson Moreira, Roberto Pinto e Valdemar, que se revezaram no time titular nas posicoes do miolo do ataque, alem dos pontas Sabara' e Pinga, em otima forma.

A escassez de craques na decada de 60

Almir tornou-se o grande idolo vascaino, mas acabou se envolvendo numa serie de episodios que deram-lhe a fama de jogador violento. Primeiro, foi o pivo de um enorme sururu no jogo Brasil 3x1 Uruguai, no Sul-Americano de 1959 em Buenos Aires. Cinco meses depois, numa partida contra o America, houve um lance de bola dividida com o jogador Helio, que saiu com a perna fraturada e nunca mais voltou a jogar. Apesar disso, a categoria do "Pernambuquinho" era incontestavel, chegando a ser denominado "Pele' Branco". Finalmente, em marco de 1960, o Vasco teve que o liberar mediante uma proposta irrecusavel por parte do Corinthians.

O Vasco tambem nao resistiu a outras propostas que acabaram tirando do clube as suas principais estrelas. Para reforcar o time, uma grande quantidade de jogadores "bonzinhos" ia sendo contratada e, na medida em que iam fracassando, eram substituidos por mais "bonzinhos". Por outro lado, a qualidade da prata da casa, que durante decadas havia sido constituida por craques em profusao, comecou a decair, e o clube entrou numa longa fase negativa, agravada pela tensao politica na administracao.

Durante a decada de 60 os melhores jogadores projetados pelo clube foram os zagueiros Brito e Fontana, que fariam parte da selecao tricampea mundial em 1970 apos deixarem o clube no ano anterior, e o atacante Celio, que, depois de chegar a ser testado na selecao, foi vendido para o Nacional de Montevideu, onde tornou-se um idolo. Poucos craques para quem estava acostumado a tanta fartura.

Um cemiterio de tecnicos

Em 1961, o Vasco estava na luta pelo titulo estadual, mas, dependendo de uma simples vitoria sobre o Olaria dentro de Sao Januario para manter suas chances, acabou perdendo por 3 a 2, resultado que viria a refletir na campanha eleitoral, que fervia. Tecnicos passaram a ser contratados e demitidos em pouco tempo, vitimas da impaciencia da diretoria e da torcida. Formou-se a lenda de que o Vasco era um cemiterio de tecnicos.

De 1960 a 1969, o Vasco trocou de tecnico nada menos do que 22 vezes. Durante este periodo, o unico que permaneceu no cargo por duas temporadas foi Zeze' Moreira, quando o Vasco conquistou seus unicos titulos significativos da decada: A primeira Taca Guanabara, torneio criado em 1965 para apontar o concorrente carioca na Taca Brasil, e o ultimo torneio Rio-Sao Paulo em 1966, no qual terminou empatado com Botafogo, Santos e Corinthians (nao houve decisao). Na Taca Brasil de 1965, o Vasco terminou vice, perdendo na decisao para o Santos, que naquela altura conquistava o pentacampeonato da competicao.

Depois de Zezé Moreira, o outro tecnico que levou o time a boas campanhas foi Paulinho de Almeida, ex-lateral-direito do clube. Em 1968, sob sua direcao, o Vasco foi vice-campeao carioca e vice do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, empatado com Palmeiras e Internacional. Boas campanhas, porem faltou o titulo ansiado por todos em Sao Januario.

O fim da espera pelo titulo carioca

O Vasco sempre foi um clube agitado por crises politicas, mas as dos anos 60 realmente abalavam o clube. Uma das maiores crises da historia do Vasco aconteceu em 1969, com direito a cassacao de presidente, muros pichados, coisa realmente séria. Entretanto, no ano seguinte - o do tricampeonato mundial - com a politica interna pacificada, voltaria ao seu lugar de honra no futebol carioca, com o time comandado pelo velho e sabio Tim. No campo, os destaques ficaram por conta do "Batuta" Silva e o grande goleiro argentino Andrada, que pelo que realizou na sua passagem no clube de 1969 a 1976 se constituiu num dos maiores goleiros que ja' defendeu o arco do Vasco, senao o maior. Cruelmente, a historia lhe reservou a dubia honra de ter tomado o milesimo gol de Pelé.

Pelé e o Vasco

Numa partida no Maracana contra o Santos pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1969, Andrada fechava o gol, evitando em varias oportunidades o milesimo gol do Rei. O escore de 1 a 1 foi mantido ate' quase o final da partida, quando aconteceu um penalti sobre Pele', e assim Andrada foi finalmente batido pela cobranca do proprio Pele'. O goleiro saltou para o canto certo e por milimetros nao conseguiu desviar a bola. A partida foi interrompida para que homenagens pudessem ser prestadas a Pele', que deu uma volta olimpica no estadio vestindo uma camisa do Vasco com o numero 1000 nas costas.

E por falar no maior jogador de todos os tempos, abra-se um parentese. Pele' nunca escondeu sua simpatia pelo Vasco, tendo sido um torcedor vascaino durante a sua infancia em Bauru. Quis o destino que Ele vestisse a camisa do Vasco no inicio da sua carreira, em junho de 1957, em tres partidas no Maracana, e melhor ainda, que marcasse um gol no Flamengo. Naquela ocasiao, um combinado Vasco-Santos disputava um torneio amistoso internacional com partidas no Rio e em Sao Paulo. Este torneio acabou suspenso devido aos prejuizos financeiros. O Combinado Vasco-Santos atuou quatro vezes, as tres primeiras no Rio com o uniforme do Vasco e a ultima em Sao Paulo com o uniforme do Santos. Na estreia, Pele' marcou tres gols na vitoria por 6 a 1 contra o Belenenses. A seguir, dois empates, contra o Dinamo Zagreb e Flamengo, ambos pela contagem de 1 a 1, e em ambas as oportunidades Pele' marcou para o Combinado. Na ultima partida, em Sao Paulo, o Combinado voltou a empatar por 1 a 1, desta feita contra o Sao Paulo, marcando novamente Pele'.

As atuações de Pelé pelo Combinado Vasco-Santos foram fundamentais para que o entao tecnico da selecao brasileira, Silvio Pirilo, decidisse convoca-lo para uma partida do Brasil contra a Argentina, no Maracana, dia 7 de julho de 1957. Foi a estreia do futuro Rei na selecao, aos 16 anos de idade. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Del Vecchio e marcou o seu primeiro tento com a camisa canarinho. Mesmo perdendo por 2 a 1, o time brasileiro foi elogiado, e a presença de Pelé foi aclamada

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